2016 | Os telediscos do ano
1. Gosh | Jamie XX
Romain Gavras explicou que o vídeo foi inspirado na em "debates de apropriação cultural" e acrescenta: "it came about when I saw the pictures of the fake Paris in China (...) Everyone is talking about cultural appropriation and I was like, ‘That thing is the most insane fucking cultural appropriation.’ It’s almost like you don’t put it on a moral level – it’s not Iggy Azalea singing like a black woman, it’s fucking insane. It’s like a cultural appropriation vortex.” Filmado em Tianducheng (China), numa cidade que é uma espécie de réplica de Paris é protagonizado por Hassan Kone.
2. Fade | Kanye West
Coube ao jovem Eli Russell Linnetz responder ao pedido de Kanye West de criar um vídeo inspirado no trabalho de Grace Jones com Jean-Paul Goude, nos filmes de John Carpenter e na pornografia dos Anos 70. A protagonista é a lindíssima Teyana Taylor, que é claramente inspirada por Flashdance e o marido, Iman Shumpert também faz parte do filme.
3. Voodoo in my Blood, The Spoils e Ritual Spirit | Massive Attack
A batotice era necessária. Era obrigatório fazer um "três em um" neste número do top. Os Massive Attack deram-nos, em 2016, três dos mais notáveis singles e telediscos do ano.
Protagonizados por Rosamund Pike, Cate Blanchett e Kate Moss (respectivamente) são três monumentos da Música. Voodoo in my blood foi realizado por Ringan Ledwidge e é inspirado nos filmes de culto, Possession de Andrzej Żuławski e Phantasm de Don Coscarelli. Coube a John Hillcoat a realização de The Spoils que é um estudo intrincado de iluminação do rosto de Blanchett, que se vai transformando e "dissipando" de forma lenta. Ritual Spirit mostra a supermodelo e ícone da Moda, Kate Moss a dançar no escuro, iluminando-se a si própria enquanto gira uma lâmpada. O vídeo é da autoria de Medium e Robert "3D" Del Nahja.
4. Lazarus | David Bowie
Durante meses, Bowie escondeu do Mundo a batalha que travava com o cancro. Quando o vídeo foi lançado, o público não percebeu na totalidade as metáforas da música e do vídeo mas, passado algum tempo, com a notícia da morte do músico, tudo fez sentido. A mensagem é óbvia: a aceitação da mortalidade. “I just thought of it as the Biblical tale of Lazarus rising from the bed (...) in hindsight, he obviously saw it as the tale of a person in his last nights", disse o realizador do teledisco, Johan Renck ao The Guardian.
5. Radiohead, “Burn the Witch”
Chris Hopewell realizou o vídeo que Thom Yorke denominou de "low-flying panic attack". O vídeo é uma animação stop-motion, demorou 14 dias a fazer e é uma homenagem ao filme de horror, The Wicker Man (1973).